PACTO MORTAL
O bareback, prática do sexo sem camisinha para contrair o HIV, encontra adeptos no Brasil, inclusive com site para encontros.
RISCO: Marcos pratica sexo sem proteção com
amigos que,como ele,se dizem soronegativos.
Enquanto a humanidade luta em várias frentes para deter a Aids, um grupo cada vez maior de homossexuais rema contra a maré num movimento suicida e alarmante. A onda se chama bareback. Propõe relações sexuais sem o uso de preservativos. A prática, segundo adeptos, chega agora ao Brasil depois de conquistar milhares de gays nos Estados Unidos e na Europa. Os motivos que levam os homens ao bareback – ou montar a cavalo sem sela – é a busca mais livre do prazer. Alguns consideram excitante o risco de contrair o HIV. A outra razão é ainda mais espantosa: há participantes que desejam se infectar com o vírus da Aids – e agem com esse objetivo.
A internet tem sido o principal ponto de encontro dos praticantes no Brasil. Lucas, 40 anos, gerente do site brasileiro BarebackBr, criou um grupo virtual e diz que, por enquanto, só existem reuniões isoladas, nada com organização. Assim como acontece entre os americanos e europeus, segundo o raciocínio de Lucas, os brasileiros não gostam de gays afeminados. “Sexo sem camisinha é coisa de macho”, prega ele, soronegativo e sem parceiro fixo. Pelo que dizem os adeptos brasileiros, os que desejam contrair o HIV são minoria. “O intuito do bareback é fazer sexo sem barreiras. Pode-se dizer que grande parte dos grupos de discussão se limita a trocar fantasias”, diz Renato (nome fictício), publicitário, 27 anos.
Realidade – Para Renato, os seguidores dessa “filosofia” jogam de uma forma aberta quanto à condição de soropositivos ou negativos. “Logo, sexo bareback só é praticado entre dois ou mais parceiros positivos, ou dessa forma entre os negativos”, acrescenta. Embora Sebastião (nome fictício) não mencione sua participação em festas, admite que já se relacionou muitas vezes sem preservativo, após descobrir ser soropositivo em fevereiro. Membro do BarebackBr, ele não sabe explicar por que aderiu à prática, mesmo contaminado. “No começo talvez fosse para fugir da realidade. Hoje pratico pelo simples tesão. É gostoso ouvir do parceiro que ele quer receber meu esperma”, conta ele. Ele nunca indagou ou foi indagado se era positivo.
Cláudio Nascimento, presidente do Arco-íris, um dos mais engajados grupos homossexuais do Rio de Janeiro, que já distribuiu 1,5 milhão de camisinhas em dez anos, conhecia a prática no Exterior, mas soube por ISTOÉ sobre a onda no Brasil. Só o site BarebackBr já reúne 349 participantes. Nascimento acredita que há entre os gays uma ilusão de que o sistema de saúde esteja preparado para lidar com a epidemia. Marcos, o barebacker carioca, atribui o aumento da prática a um motivo simples e assustador: “Com os remédios, muitos relaxaram nos cuidados. Acham que, ao se contaminar, é só tomar o coquetel para levar uma vida normal.”
2 comentários:
Decepcionante isso. A cada dia nos surpreendemos com mais barbaridades.
10 de setembro de 2007 às 22:46Enquanto uns preocupam-se em se prevenir e manter-se saudáveis, outros preocupam em magoar outras pessoas, deixando de lado um dos princípios da vida, nosso direito de ir e vir, que acaba quando alguém decide em nos ferir.
Vamos acabar com isso.
Garra Grupo União
Todos juntos a favor da vida!!!
Sem palavras...
11 de setembro de 2007 às 04:12Sinceramente fico sem palavras para expressar meus sentimentos, chega a dar nojo esse tipo de coisa e chego a ficar paranóica ao pensar que esse tipo de prática e brutalidade vem acontecendo em nosso mundo e chega ao Brasil com tanta força.
Galera, VAMOS CAIR NA REAL, viver é tudo de bom, é maravilhoso curtir a vida e o mundo em que vivemos, se arriscar é BURRICE, tanta gente sofrendo, passando fome, sem moradia, sem lar, sendo humilhados, e vem um bando de malucos querendo fazer sexo sem camisinha, fazendo "roleta russa" com a própria vida e a vida dos outros, realmente é uma grande loucura.
FORÇA GRUPO UNIÃO, força, garra e determinação, lutemos contra essa prática.
A VIDA É BELA.
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