Inseminação Artificial, lésbicas o desejo de engravidar
Como ser lésbica e engravidar?
Ter uma criança é um sonho para muitas pessoas, é um projecto para muitos casais e um desejo profundo para muitas lésbicas. Mas, se num casal hetero as coisas nem sempre são fáceis, quando se trata de um casal lésbico ou de uma mulher sozinha, ter uma criança pode ser difícil.
Num país em que a adopção é tão complicada como o é em Portugal engravidar parece ser muitas vezes o caminho mais fácil. Mas para o conseguir falta ainda um homem, ou pelo menos uma pequena porção de um liquido por ele produzido: o esperma.
Conseguir esperma para concretizar uma gravidez é um desafio que algumas mulheres, sozinhas ou em casal, se propõe vencer. O contacto com uma clínica de reprodução medicamente assistida é, usualmente, o primeiro passo dado. Mas, ao fazê-lo, rapidamente se constata que, em Portugal, os médicos não disponibilizam esse tipo de tratamentos a mulheres “sozinhas”.
PORQUÊ A INSEMINAÇÃO CASEIRA?
Num país em que a adopção é tão complicada como o é em Portugal engravidar parece ser muitas vezes o caminho mais fácil. Mas para o conseguir falta ainda um homem, ou pelo menos uma pequena porção de um liquido por ele produzido: o esperma.
Conseguir esperma para concretizar uma gravidez é um desafio que algumas mulheres, sozinhas ou em casal, se propõe vencer. O contacto com uma clínica de reprodução medicamente assistida é, usualmente, o primeiro passo dado. Mas, ao fazê-lo, rapidamente se constata que, em Portugal, os médicos não disponibilizam esse tipo de tratamentos a mulheres “sozinhas”.
PORQUÊ A INSEMINAÇÃO CASEIRA?

Porque em Portugal o acesso a técnicas de reprodução medicamente assistida é complicado para uma mulher que não esteja num casal hetero. Teoricamente não é impossível fazer-se uma inseminação artificial porque a Lei não o proíbe mas o código deontológico da Ordem dos Médicos ameaça com processos disciplinares (que podem terminar com a expulsão do médico em causa) se estes o fizerem. Justificação? As técnicas de reprodução medicamente assistidas são encaradas como um tratamento para resolver a infertilidade do casal, casal hetero claro!!
Como outras coisas, também referentes aos direitos reprodutivos da mulher, o que não se faz em Portugal consegue-se com facilidade em Espanha. A legislação espanhola é muito clara e considera como um direito da mulher, sem pareja masculina o acesso à inseminação artificial. Esse direito é extensivo a outras cidadãs europeias e existem inclusivamente clínicas com programas especialmente dirigidos a mulheres que não sejam de perto.
Apesar dos preços não serem caros (cerca de 1500 euros) a escolha deste método implica algum tratamento hormonal, acompanhamento médico, despesas e uma probabilidade de sucesso menor do que na inseminação caseira.
As vantagens da inseminação caseira são muitas. Pode ser feito em casa, sem batas brancas, narizes questionantes, aparelhos sofisticados, e pode ser repetida (sem custos) muitas vezes.

Registo da criança
Em Portugal o Código Civil obriga à existência de um nome de pai (seja ele o pai ou não da criança) e de um nome de mãe, proibindo assim os filhos de pais incógnitos.
Neste caso o registo da criança é feito mas dele não consta um nome de pai. O conservador do registo civil envia a ocorrência para o tribunal que instaura obrigatoriamente um processo de averiguação oficiosa de paternidade. A mãe será chamada para esclarecer quem é o pai da criança. Se disser que não sabe, por exemplo por ter sido uma relação sexual ocasional, o processo é encerrado mesmo que sejam também ouvidas outras testemunhas.
A criança fica com o nome da mãe e, no lugar do nome do pai, aparece um traço, e não o proibido “pai incógnito” como acontecia antes.
Acordo prévio com o doadorNo estrangeiro é possível a realização de um acordo prévio com o doador de esperma em que este se compromete a .não reivindicar direitos sobre a criança. Em Portugal esse acordo não teria qualquer validade pois os direitos de paternidade são irrefutáveis e as obrigações existem independentemente da vontade da mãe e da forma de concepção.
Isto leva-nos a uma das questões mais sérias levantadas pela inseminação artificial caseira: o dador pode, a qualquer momento, reclamar a paternidade da criança e basta um simples teste de DNA para lhe dar plenos direitos. Esta questão deve ser seriamente discutida e levada em consideração aquando da escolha do dador.
Uma solução só aplicada no estrangeiro seria a existência de um intermediário de confiança entre o dador e a futura mãe. Assim não haveria conhecimento mútuo pessoal sendo todas as “negociações” tidas pelo intermediário.
Segunda mãe
Outra questão Séria prende-se com o papel da segunda mãe (quando existente). Em Portugal ainda não é possível a definição legal de qualquer vínculo entre a criança e a futura mãe. Este assunto deve ser bem discutido pois se acontecer algo à mãe biológica a criança poderá ser entregue à custódia dos avós/tios, etc e não da segunda mãe. A postura das respectivas famílias deve também ser levada em conta.
Dador=pai??Gostaria ainda de esclarecer uma pequena grande diferença. Um dador de esperma pode ser um futuro pai para a criança ou não. Este assunto deverá ficar bem claro para todas as partes envolvidas para evitar futuras complicações.
Se se optar por um dador que não venha a ser pai é necessário que esse facto seja encarado com conforto e naturalidade. A criança crescerá e viverá sem um pai. Terá duas mães (ou uma) e nenhum pai no sentido tradicional do termo. Se isto for um problema para o casal se-lo-á também mais tarde para a criança.
Pessoalmente penso que as crianças precisam de quem as ame, de quem olhe por elas, de quem as ajude a ser tudo aquilo que possam e queiram ser e que não há nada de especialmente diferente em ter duas mulheres, dois homens ou uma mulher e um homem a cuidar de uma criança. As diferenças existem sim, mas nenhuma das situações é melhor ou pior. Crer que sim é colocar-se numa perspectiva sexista e existencialista.
CONCLUINDOEste é um procedimento ainda pouco conhecido mas que devido às suas taxas de sucesso, baixo custo e ausência de metodologias médicas intrusas, parece destinado a conseguir defensoras e aplicadoras também no nosso país.
Pode ser uma boa solução para quem deseja um dia ouvir-se dizer essas palavras mágicas, “O meu filh@”!
12 comentários:
Olá
21 de agosto de 2007 às 04:31Eu sou o António, 39 anos, casado, 2 filhos, heterosexual.
Sempre tive o sonho de poder ajudar alguém a ser mãe e estou disponível para ajudar numa gravidez, seja pelo método natural seja fornecendo o meu esperma para uma inseminação.
Sou uma individuo muito saudável, atraente, pratico desporto, estou em boa forma física.
Não sou promíscuo dado que até agora nunca trai a minha mulher.
Sou dador de sangue e portanto todos os 6 meses o meu sangue é analisado,
Beijinhos e boa sorte
toamfgomes@hotmail.com
Eu e a minha namorada adorava-mos ter filhos e poder usar os genes de ambas, mas neste momento gostariamos de saber a que clinica temos de nos deslocar. Estamos dispostas a ir onde for preciso!!
14 de abril de 2008 às 07:29Olá eu sou como a rita gostaria muito de saber em que clinica eu poderia se deslocar para ter filhos com minha namorada.. e nós tbm iremos aonde for para ter nosso filho(a) e custe o que custar..se alguem souber responder por favor mande para este e-mail: eliane_tanaarea@hotmail.com obrigada
14 de janeiro de 2009 às 15:51Olá. Eu e a minha namorada também queremos ter muito um filho. Por favor ajudem-nos como poderemos concretizar este sonho. Se já tem por favor contem a vossa experiencia. O meu mail é : eva_barcelos814@hotmail.com
14 de setembro de 2009 às 20:13Muito obrigada
Olá a todos,
14 de julho de 2010 às 15:13gostaria de saber se em Portugal existe alguma clinica que faça Inseminação Artificial. Desde já, obrigada.
oi gostaria d tirar uma grande duvida!!
21 de julho de 2010 às 15:07pow tenho namoranda pela qual mantemos relacoes e teve uma vez que fizemos e a partir desse momento minha menstruacao nao desceu mais ja vai para 4 meses o que pode ter acontecido?
tem alguma possibilidade algum percentua de eu tar gravida?
obrigada
Olá pessoal, muito bom ver a participação de gente de todo o Brasil e do exterior também. Bom, primeiro anonimamente num dá pra responder, vocês podem nos mandar um e-mail para contato@grupouniaolgbt.com que teremos o prazer de responder, mas enfim, respondendo o último comentário:
22 de julho de 2010 às 04:43Não sou médico e por enquanto ainda não tem nenum médico na ong (vagas abertas, hehe) Mas pelo que eu entendo você não estárá grávida a não ser que sua parceira introduza sêmem no colo do útero. A não ser que ela seja emafrodita e tenha um pênis que você ainda não tenha visto o dedo dela não tem podr nenhum de engravidar. Você pode estar com um descontrole emocional que pode afetar sim e muito sua menstruação. Você deve procurar um médico urgente, pois isso pode lhe trazer complicações de saúde. Mas isso acontece sim. Bom espero ter ajudado. Abraço a todos.
Uma gravidez com dois ovulos, sendo um doado por uma mulher, a criança sairá com as características de 3 pessoas??
9 de agosto de 2010 às 10:33Uma gravidez com dois ovulos, sendo um doado por uma mulher, a criança sairá com as características de 3 pessoas??
9 de agosto de 2010 às 10:33ola meu nome andriele gostaria muito tabem ter um filho com minha companheira sim moro porto alegre rio grande sul procurei porvarias clinicas não tem que fasso? gostaria de saber pq filho colocaria mais alegria en nossos coraçes ce suber diga me obrigado andrielebusnelo@hotmail.com
2 de setembro de 2011 às 18:54OLA, MEU NOME É GEUZA E GOSTARIA MUITO DE TER UM FILHO COM MINHA ESPOSA COM QUEM SOU CASADA A CINCO ANOS.MAS NÃO SEI ONDE POSSO ENCONTRAR INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL GRATUITA.POR ISSO PESO AJUDA..LUGEL@HOTMAIL.COM.BR
11 de setembro de 2011 às 13:13assim como vários comentários que li, quero um filho com minha companheira porem ela com um ovulo meu como faço????e caro?tem algum lugar que faça em curitiba???gostaria muito de uma resposta..Obrigada
8 de fevereiro de 2012 às 16:32Postar um comentário